"Cada país deve decidir em referendo saída do euro"

Professor de economia na Universidade de Hamburgo e líder do novo partido alemão Alternativa para a Alemanha (AfD), Bernd Lucke diz-se contra o euro mas não contra o processo de integração europeu. Em Lisboa, a convite do movimento Portugal Independente, para participar numa conferência na Faculdade de Direito, garante, em entrevista ao DN, que não é populista, nem de extrema-direita, apenas um académico que quer dar um contributo, agora no Parlamento Europeu.
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Ainda acha que o fim do euro é a única maneira de salvar a integração europeia?

Não é o fim do euro todo mas acho que devíamos reformular a zona euro para ser mais pequena. Isso resolveria muitos dos problemas económicos dos países da Europa do Sul e Mediterrânica, atingidos pela recessão, a crise económica, o desemprego e o endividamento crescente dos governos.

Quem deve ficar e sair do euro?

Cada país deve decidir por si se quer ficar na zona euro ou não. As pessoas deviam votar e o que proponho é a realização de um referendo em cada Estado. A população deve decidir se fica no euro e, caso fique, se essa permanência é feita sem recurso a resgates por outros estados. Devemos aceitar que os tratados europeus não permitem resgates. Quem quiser ficar no euro tem que ser capaz de o fazer sozinho.

Fazer referendos e sair do euro implica mudar os tratados . Acha que isso é fácil neste momento?

É uma alteração pequena e pode ser acordada rapidamente. Nunca defendi uma saída abrupta do euro, mas um período de transição de três, quatro ou cinco anos, até que os tratados fossem realmente alterados.

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